Desvantagens do teletrabalho

O teletrabalho tem muitas vantagens, tanto para a empresa como para o teletrabalhador. É um trabalho efectuado à distância e de forma autónoma, sendo no entanto essencial que se assegure sempre um contacto directo entre o teletrabalhador e o empregador. Entre as principais vantagens está o fato de as empresas conseguirem reduzir despesas com aluguer de espaço físico, por exemplo, e os trabalhadores não terem de se deslocar em inúmeras viagens de negócios.

Mas o teletrabalho não é indicado para todas as empresas, nem para todos os seus colaboradores, sendo por isso necessário fazer uma avaliação cuidadosa antes de se optar por esta forma de trabalho. O teletrabalho implica alguns aspectos menos positivos, quer do ponto de vista de quem emprega quer para o próprio teletrabalhador.

 

 

Principais desvantagens do teletrabalho

  • Os teletrabalhadores por trabalharem sozinhos sofrem de isolamento. Mesmo estando em constante contato com a empresa para a qual trabalham (muita vezes exclusivamente pela via electrónica), não é igual a contacto e interação pessoal. Um dos benefícios do ambiente de trabalho numa empresa é a possibilidade de socializar com os restantes trabalhadores, durante pausas ou horário de expediente. O ideal é que os teletrabalhadores sejam chamados a frequentar acções de formação e a participar em reuniões da empresa. Estes factores terão ligação directa com a qualidade do seu trabalho.
  • O teletrabalho pode ter um impacto menos positivo sobre o progresso na carreira. Os trabalhadores que desempenham as suas funções através de teletrabalho precisam de se assegurar que os supervisores e colegas de trabalho estão perfeitamente conscientes que eles também fazem parte da equipa, mesmo estando a trabalhar fora do espaço físico da empresa.
  • É preciso muita disciplina para ser um teletrabalhador eficaz. Torna-se fundamental saber gerir eficientemente o tempo de trabalho e a produtividade, para que o trabalho seja feito no tempo previsto.
  • Muitas vezes, existe a tendência para a entidade patronal tratar o teletrabalhador como um “trabalhador normal”, mas ao mesmo tempo classificá-lo como “trabalhador independente” para evitar o pagamento de benefícios e custos com a segurança social.
  • Trabalhar fora do ambiente da empresa pode acarretar um maior número de distrações. Se o teletrabalhador desempenhar as funções a partir de casa, crianças ou animais de estimação podem requisitar demasiada atenção, desviando o trabalhador do seu trabalho. Os empregadores precisam de ter a certeza que o teletrabalhador sabe impor limites e que na hora de trabalho, a família está em segundo plano.
  • As condições de trabalho fora da empresa podem não ser as mais apropriadas para trabalhar, em especial as condições ergonómicas, o que pode levar a uma diminuição do desempenho do teletrabalhador;
  • O teletrabalho pode ter consequências negativas para a segurança da informação da empresa. Em situações de teletrabalho levantam-se problemas não só  confiabilidade e integridade, como também de copyright intelectual.
  • Umas das principais razões para o teletrabalho ser considerado pouco eficaz é o fato de nem todos os trabalhadores serem indicados para desempenhar as suas funções através deste método. Alguns teletrabalhadores podem abusar da confiança dada pela empresa e ocupar-se de tudo menos do seu trabalho, acabando por reduzir drasticamente a sua produtividade. Para que esta forma de trabalho seja bem sucedida, a empresa precisa de recrutar colaboradores que estão capacitados para trabalhar sem supervisão direta. Trabalhadores que saibam e estejam confortáveis em trabalhar a partir de casa, ou outra localização que não a empresa, mas que mesmo assim sejam capazes de se centrar nas suas funções laborais.


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