As 10 piores ideias de marketing

As dez seguintes armadilhas de marketing aparentam ser soluções rápidas. É possível que, quando o negócio está em baixo, cada uma destas péssimas ideias surja como se fosse uma boa solução. Não se deixe enganar. Certifique-se de que cada ideia nova que lhe ocorrer não corresponde, de forma alguma, a uma das ideias desta lista.

1. Utilizar uma boa publicidade para revitalizar a empresa.

O cenário é este: o negócio está em crise, por isso o proprietário aponta o dedo à economia e à concorrência e decide lançar uma campanha publicitária para ultrapassar o problema. Mas o mais provável é que nem a economia nem a concorrência sejam as culpadas. O negócio está em baixo porque os clientes desertaram — e os potenciais clientes não se transformaram em clientes efectivos — devido ao produto ou serviço da empresa não serem os melhores.

Produzir anúncios antes de melhorar a oferta apenas servirá para evidenciar ainda mais o problema. Tal como dizia o lendário Bill Bernbach: “Não há nada melhor para matar um mau produto do que um bom anúncio.”. Em vez disso, corrija o produto, melhore o serviço e, só depois, passe à publicidade.

2. Criar anúncios tipo “sopa de pedra”.

Um anúncio tipo “sopa de pedra” é uma autêntica salgalhada: todas as características, ideias, e pontos de vista de todos os departamentos vão para dentro da panela, numa tentativa de deixar os convidados enfartados. O resultado é um anúncio cheio de nada, com uma longa lista das qualidades do produto, mas sem nada de específico e sem nenhuma vantagem para o consumidor.

Em vez disso, aponte as suas baterias com precisão: conheça o seu melhor potencial cliente e qual a necessidade que ele procura satisfazer. Em seguida, capte a atenção dessa pessoa com um título que realce a promessa da vantagem mais atractiva, apoiado por um texto que corrobore, através de factos, aquilo que apregoa.

3. Fazer do cliente um tolo.

Tentar ser engraçado ou chamar a atenção apresentando o cliente como um pacóvio que vagueia pela vida em busca da sua solução não é propriamente a melhor forma de conquistar clientes e influenciar as decisões de compra.

Estabeleça uma relação sincera com o seu potencial cliente em vez de ridicularizar a pessoa que está a tentar impressionar.

4. Guardar o melhor para o fim.

Acontece frequentemente em apresentações, prospectos de vendas e anúncios. As empresas esperam para divulgar as principais vantagens dos seus produtos até ao último minuto, partindo do princípio que os potenciais clientes estarão mortinhos por conhecer o desfecho da história.

Isso não é verdade. Se a sua introdução não lhes captar a atenção, rapidamente desistem de esperar. Quatro em cada cinco pessoas apenas lêem o título, apenas ouvem os primeiros segundos de um anúncio de rádio e, se a primeira impressão de uma apresentação não for convincente, deixam de prestar atenção à porção restante. Acabe com os arranques lentos e tire partido dos seus pontos fortes.

5. Mudar o seu logótipo com frequência e de forma drástica.

E, já agora, mudar constantemente o seu site. E não se esqueça do seu slogan. Pode parecer ridículo, mas é o que acontece quando as empresas permitem que os departamentos de publicidade, designers freelance, funcionários e outros criem materiais sem respeitarem rigorosamente os parâmetros das directrizes relativas à imagem, de modo a garantir uma imagem consistente para a empresa.

Se pretende que os potenciais clientes acreditem que a sua empresa é sólida e estável (e é exactamente isso que você quer!), apresente uma imagem empresarial sólida e estável.

6. É preciso semear para depois colher.

Lamentamos, mas os consumidores não estão à espera que surja a próxima nova empresa, o novo site, a nova filial ou o novo evento. É preciso dizer-lhes, lembrar-lhes, inspirá-los e dar-lhes razões que os incentivem a comprar. Quando semear, crie um plano de marketing para colher.

7. Ser rápido: se ficar parado pode perder o comboio.

Esta é uma armadilha irresistível para as empresas que funcionam sem um plano de marketing. Não conhecem os seus próprios objectivos e estratégias e, por isso, qualquer táctica parece ser uma excelente ideia.

Neste espírito, sempre que uma ideia surge na mente de um vendedor de publicidade ou de um promotor de oportunidades comerciais na Internet, o proprietário da empresa é todo ouvidos, com receio de que esta seja uma oportunidade única. Muitas vezes, esta ideia é apresentada com um prazo curto ou uma ameaça de envolver um concorrente, o que leva a uma precipitação na tomada de decisão.

Lembre-se do velho ditado “Depressa e bem…”?

8. Pensar que as pessoas estão interessadas no facto de a empresa ter uma nova gerência.

Ou pensar que vão querer saber que: Duplicámos o nosso espaço de trabalho; Temos agora um novo serviço de atendimento inovador ou qualquer outro anúncio de auto-elogio que provoca pouco entusiasmo no mercado. Para não chamar a atenção apenas sobre si, acrescente uma vantagem para o cliente. Transforme Estamos a celebrar o nosso quinto aniversário em Estamos a celebrar o nosso quinto aniversário com cinco eventos gratuitos que não pode perder.

Lembre-se: os potenciais clientes preocupam-se mais com as vantagens que podem retirar para si próprios.

9. Acreditar que existe um pote de ouro no fim do arco-íris cibernético.

Ao contrário do que cada vez mais se pensa, as oportunidades do mundo virtual não se encontram à mão de semear. A hipótese de abrir um site e de começar imediatamente a conquistar clientes é tão provável quanto abrir uma linha verde e começar imediatamente a receber encomendas.

Para colher a sua parte dos benefícios disponíveis online, invista tempo e dinheiro para atrair pessoas ao seu site.

10. Acreditar que o seu cliente está preso a si.

Na realidade, os seus clientes sabem que dispõem de outras opções.

Se estiverem à sua frente e você desviar a atenção para atender um telefone, eles reparam. Se oferecer aos novos clientes um negócio melhor do que aquele que lhes ofereceu, eles reparam. Se gastar mais tempo e dinheiro a aliciar novos potenciais clientes do que a recompensar os mais antigos, é certo que eles vão reparar e, consequentemente, começarão a afastar-se da sua empresa.

Tenha consciência de que a fidelização do cliente é a chave da rentabilidade e que a sua conquista é um processo sem fim à vista.


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